Era uma vez dois mestres; um conhecido como o mestre do Bem, e o outro, seu opositor, o mestre do Mal.
O mestre do Bem, criativo e talentoso, inventou o Humor.
O mestre do Mal cheio de inveja tentou imitar o feito do outro, no entanto, não possuía os elementos necessários, tampouco a essencial sabedoria, que compunha todas as criações do bom mestre.
Sendo assim, o máximo que foi capaz de fazer, foi inventar o Escárnio.
E por força do reino da Mentira, o Escárnio conseguiu se passar pelo Humor.
Todavia, o Amor, que é o soberano guia, o qual trilha o caminho à morada da Verdade, revela a diferença:
O Humor possui uma raiz de amor, seu fruto é a multiplicação da alegria; contagia de boa energia, vivifica, fortalece, uni. Seu brilho é real e intenso e promove o Bem.
Como uma das mais sofisticadas formas de comunicação, facilita a reconciliação, alivia a tensão nas mais diversas situações, é capaz até de conquistar a cura para o que está doente; pode fazer do deserto um caminho de flores, mescla à vida poesia, doces sabores e cores...
Já o Escárnio possui uma raiz toda de egoísmo; para conseguir que a atenção se volte para si, não se importa em ferir, magoar, diminuir, humilhar. Separa, adoece, enfraquece; reprime a voz dos avançados, retarda a evolução, por onde passa deixa rastros de destruição.
O escarnecedor pode ser visto como mais uma amostra de “o egoísta”, ele quer ser tido como “o bom”, “o legal”, “o descolado”, ser o centro das atenções.
Em prol da sua glória concentra seus esforços para fazer emergir as feridas e as fraquezas, expor suas vítimas sem defesa, e faz delas os degraus da sua ascensão. Aparece unicamente através da escuridão.
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